O mundo contemporâneo tem sido convulsionado par eventos políticos que não podem ser compreendidos apenas por motivações e cálculos racionais. A história política tradicionalmente eivada de positivismos tem, no entanto, descartado a dimensão da afetividade e das paixões como elemento instituíste do político e de sua gestão. Em contrapartida, toda uma tradição que se apoia na psicologia de massas superestima negativamente os aspectos emocionais na avaliação das grandes mutações da história. Como abordar as múltiplas figuras da afetividade coletiva em sua complexidade, sem reduzi-Ias a um denominador comum desatento as configurações e singularidades históricas? De que maneira estabelecer uma conexão entre identidades coletivas e afetividade? Esses são alguns dos desafios que os ensaios desta coletânea se propõem a enfrentar.