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Debaixo Dos Paralelepípedos o Mar

Debaixo Dos Paralelepípedos o Mar

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Código: 9786559003242
Categoria: Poesia
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Debaixo dos paralelepípedos o mar, segundo livro do poetamigo Igor Teodoro, é um convite ao mergulho em um oceano clandestino. É como se você estivesse caminhando durante a tempestade pelas margens das calçadas, nas ruas soturnas e cravejadas de buracos onde paralelepípedos rebolam soltos em busca de encontrar um lugar sempre côncavo demais para seus formatos. Você caminha com os pés encharcados por água doce e mijo de rato, desvia de restos vegetais, mucos humanos, sacolas plásticas, salta paralelepedras e se dá conta de que aquela é a única hora em que se sente grande diante do universo de tralhas carregadas pela água da chuva. Você olha de cima quantos mundos podem escorrer pelas valas e usa a ponta dos pés para atrapalhar o fluxo e frear o redemoinho. Tropeça no paralelepípedo quase pontiagudo, cansado de tentar se encaixar, e ali debaixo dele se descortina o mar: como numa abertura teatral. Nesse momento a escolha inefável do mergulho marítimo. Abrir o livro é o trajeto, o tropeço e o encontro salino depois da saga. Navegar sem bússola sobre o peito do poeta exposto nas entranhas e nos vértices. Nadar pelo recôndito. Pescar as palavras íntimas e melancólicas. Puxar a rede e ver o âmago. Remar sobre as páginas em um passeio anatômico e tocar as cavidades e os órgãos do poeta. Ver de perto a palavra — baço — fígado — coração — pleura — pulmão — tórax — pneumotórax. Saber de cor seu vocabulário náutico, tatear a quilha — espinha dorsal — que sustenta a embarcação e suporta os movimentos. Ancorar ao porto a palavra — corpo. Um corpo-mar que quer estar, flutua e persiste — bélico ou político, miúdo ou expansivo — permanece, enfim, o livro — corpo — mar aberto do poeta. Um livro de amor, não esse clichê hollywoodiano, brochante e inalcançável, mas o amor que nasce e morre nas trincheiras dos muros, em que o único resquício de romantismo é o picho fodido: “luta comigo?”. O amor que resiste à barbárie, como a flor Drummondiana ao furar o asfalto. Acabar a leitura é rasgar o peito do poeta como quem abandona a tripulação costurando delicadamente com linhas trançadas por mulheres ribeirinhas que entoam cantos de lamento e emprestam suas mãos, as carícias em administrar os fios. Fechar o livro é como terminar o último ponto na certeza de que a cicatriz permanecerá, mas não intacta o suficiente para deixar de derramar as palavras que não conseguem sair e nem podem ficar. Tainã Vidon
Páginas52
Data de publicação10/10/2022
Formato14x19,5
Largura14
Comprimento19.5
AcabamentoBrochura
Lombada0.5
Altura0.5
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